A estação mais quente do ano se inicia hoje, por isso, saiba o que fazer quando exagerar no sol
- gracieliferreira
- 21 de dez. de 2014
- 3 min de leitura
Todo mundo já passou pela situação, após um belo dia de sol, de ficar com a pele ardendo, vermelha e desidratada.
É realmente difícil resistir aos apelos de uma tarde ensolarada, principalmente na praia ou na piscina. Mas para o dia de folga não virar um problema é preciso cuidar da pele e saber quais atitudes tomar após exagerar no sol sem proteger direito o corpo. Quando a pele fica vermelha e inchada é por que ocorreu uma reação inflamatória aguda, resultado da exposição à radiação solar. Existem diversos níveis de queimaduras. Em algumas situações, a exposição em excesso ao sol pode levar até mesmo a uma queimadura de segundo grau, que transforma o belo dia de lazer em noite na emergência do hospital.
Em casos de queimaduras leves, a recomendação médica é beber bastante líquido, passar pasta d'água gelada no corpo e utilizar, três vezes ao dia, algum hidratante hipoalergênico, com ceramidas e gorduras que restauram a função de barreira da pele.
- Muitos pacientes utilizam também a aspirina, uma sabedoria popular que dá certo. O uso de aspirina inibe a síntese de uma substância (prostaglandina), que leva à vasodilatação, diminuindo a vermelhidão, além de funcionar como um analgésico, aliviando a dor da queimadura. Mas o uso deste medicamento deve ser feito apenas com acompanhamento médico - adverte a dermatologista Aline Vieira.
Já em situações mais graves de queimaduras, a pele apresenta bolhas e vermelhidão excessiva, e o paciente tem sintomas como febre, calafrios, taquicardia, delírio, prostração e até mesmo choque. As vítimas devem procurar um médico o mais rápido possível, para receber o tratamento indicado.
As fórmulas caseiras de bronzeador são perigosas. A mistura de limão, figo e outras substâncias fazem a pele ficar queimada e não bronzeada. A cor da "saúde", que muitos brasileiros buscam, acaba se transformando em uma mancha da doença.
A dermatologista Aline Vieira lembra que não são todas as pessoas que conseguem ter uma pele bronzeada.
- Há uma variedade de tonalidades de pele, com comportamentos diferentes, de acordo com a quantidade de melanina produzida. Há uma classificação que divide a pele em seis tipos de acordo com a sensibilidade ao sol. O tipo 1, por exemplo, queima fácil e nunca se bronzeia. São aquelas pessoas de pele fina e clara, olhos e cabelos claros. Já o tipo 6 nunca queima e bronzeia intensamente. É a pele dos negros, que contém muito pigmento, o que lhes confere uma proteção natural ao sol. Mas, apesar de mais resistente, as pessoas de pele negra não devem deixar de se proteger - avisa Aline.
Com a pele bem clara,é necessário ter um cuidado redobrado ao se expor ao sol diariamente. O uso do filtro solar é super importante em qualquer época do ano.
A médica Daniela Alvarenga, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, faz parte do coro de profissionais que pedem cuidado com o sol.
- O raio ultravioleta está presente em qualquer época do ano, apesar de um pouco mais intenso no verão. Por isso, os cuidados devem ser mantidos o ano inteiro. A pele agradece - diz Daniela.
Para obter uma pele bronzeada, é preciso se expor ao sol gradativamente e sempre com cuidados. Filtros solares, chapéus, camisetas e barracas de sol são alternativas para aproveitar a praia sem se prejudicar. Quem fizer questão do corpo bronzeado tem até o verão para se expor ao sol com proteção, evitando as desagradáveis queimaduras.
Fonte: http://www.apmppr.org.br/promed/index.php?option=com_content&task=view&id=162&itemid=8
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