Você sabe o que é toxicologia forense? Veja mais e descubra!
- gracieliferreira
- 2 de dez. de 2014
- 2 min de leitura
A toxicologia forense é uma ciência multidisciplinar que busca mostrar a verdade de um fato perante a lei, mas também identificar e quantificar os efeitos prejudiciais associados a produtos tóxicos, ou seja, qualquer substância que pode provocar danos ou produzir alterações no organismo, no seguimento de solicitações processuais de investigação criminal, sendo apoiada fundamentalmente na toxicologia analítica. Em 1958, Gisbert Calabuig o definiu como um conjunto de conhecimentos aplicáveis na resolução dos problemas toxicológicos que levantam em sede do Direito; já Paul Matte, 1970 disse que é um estudo e aplicação da toxicologia ao direito para encontrar a verdade em causas civis, criminais e sociais com o objetivo de que não causem injustiças a nenhum membro da sociedade. É uma ciência importantíssima e ligada diretamente ao Direito, pois com ela e a partir dela, pode- se inocentar ou acusar um réu, no caso de suspeita de homicídio utilizando drogas ou venenos, estabelecendo um nexo causal entre o evento e o efeito tóxico. É essa ciência que determina o agente químico causador da morte, e possibilita quantificá-lo, dando a sociedade uma resposta sobre o fato. Mas, para que isso ocorra de forma precisa e segura, necessita de um procedimento anterior à análise que se chama cadeia de custódia, que é um procedimento onde se documenta toda a ação desde o recipiente, coleta, até o descarte final da amostra. Segundo CHASIN, ela se divide em duas fases, externa e interna: a fase externa seria o transporte do local de coleta até a chegada ao laboratório. A interna refere-se ao procedimento interno no laboratório, realizado pelo toxicologista, até o descarte das amostras.Uma cadeia de custódia, realizada com seriedade faz com que todo o procedimento seja confiável. Com as amostras preservadas corretamente, a análise mostra um resultado real, apontando como ocorreu o fato. Em uma morte súbita, por exemplo, primeiramente é acionada a polícia militar que irá até o local do crime para averiguação e isolamento da área para preservação correta das evidências para poder determinar o que é vestígio; a autoridade policial (delegado), chega em seguida e os últimos são os peritos criminais. Os peritos criminais iniciam a cadeia de custódia, que contribui para manter e documentar a história cronológica da evidência, para rastrear a posse e o manuseio da amostra a partir do preparo do recipiente coletor, da coleta, do transporte, do recebimento, da análise e do armazenamento.
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